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10.04.2009

A Onda dos kebabs



Não faz muito tempo, cerca de um ano, alguns lugares peculiares da cidade de São Paulo ‘re’-trouxeram uma das comidas mais aproveitadas por mochileiros em tour pela Europa: o Kebab.
Conhecido por lá como comida de bêbado, ou a última alternativa ao comer fora de casa, nós, assalariados em real, valorizamos o famoso churrasquinho quando visitando o velho continente. Não que por ser considerado lá comida pós-balada queira dizer que é menos gostoso. Não! Muito pelo contrário! É muito prazeroso o pensamento de os mais variados tipos de cortes de carne de vaca, cordeiro e/ou porco, empilhados e sendo assados muito lentamente, em fogo baixíssimo, girando e girando... Quase nostalgicamente nos remetendo à nossa querida TV de cachorro, que tanto apreciamos nos domingos paulistas! Depois disso, são tiradas finas fatias percorrendo todo este corpo suculento de cima a baixo, encaixadas normalmente em um pão folha. Ainda assim não gostou muito da idéia? imagina comer este maravilhoso conjunto de carnes com quatro opções de molhos: um de queijos, que parece um tipo de sour cream de cream cheese que derrete na boca no seu primeiro contato com a língua; um de pimenta, que te instiga a comer mais e que te deixa sedento por uma coca geladíssima; quem sabe uma pasta de grão-de-bico com um quê de tahine embutido que faz você se sentir em Casablanca; ou um molho de alho que te deixa com um bafo que vale a pena ter, pelo simples prazer que o molho te dá a cada bocada. Não satisfeito? Pois espere que tem mais: acompanha batata frita que Mc Donald’s nenhum bota defeito., e uma coca-cola gelada. Tudo isso pela bagatela de 6,50 euros. É estranho entender o porquê que o europeu meio que despreza este tipo de ‘baixa’ gastronomia e nós, que por meio de falta de grana, depois da primeira mordida, aprendemos a exaltar!
Talvez por ser tão barato e considerado o que é o churrasquinho grego para nós, que o kebab não ganha uma maior importância para as nações européias. Na França ele é rejeitado pelos franceses e adorado pelos argelinos que tanto são presentes por lá, e que tanto são responsáveis pelas kebaberias francesas. É normal encontrar mais uma kebaberia no mesmo quarteirão em plena Paris, normalmente cheias de estrangeiros se empurrando em busca de uma refeição barata e que os sustente pelo dia inteiro. Provavelmente com esta imagem na mente que, no final de 2006, começo de 2007, pipocaram novos antros de kebab em São Paulo, nada com a conotação que há na Europa, nada para a massa. Veio para cá com certo ar de elite, a elite que esteve na Europa e que comeu, ao fazer mochilão, ou por necessidade, e que aprendeu que é bom e trás saudade quando voltamos à terra da garoa. Cria-se então um tipo de kebab gourmet, por assim dizer. Com carnes de procedência garantida e inovações como um kebab de salsicha ou entradinhas em cestinhas de massa phyllo; tudo muito bem temperado e com um ar nostálgico de passagens por Londres, Frankfurt ou Madrid, mas sem o Big Ben ao fundo... Além da diferença de preço (em média se gasta cerca de 13 reais pelo kebab por aqui) e paisagem, nota-se a diferença de cultura da clientela  kebabiana paulistana quando comparadas à européia: por aqui as pessoas discutem sobre política ou qual era melhor: o Sagrada Família de Gaudí ou o Guggenheim de Frank Gehry; enquanto que na Europa a discussão era se a França ganhava ou não da Itália na final da copa!
Diferenças à parte, se quiser um pouco da Europa, mesmo sem o sotaque britânico ao fundo, as kebaberias paulistanas são um bom programa para quem procura algo novo trazido do velho continente de uma maneira mais ‘cult’ e que não se precisa pagar muito para ter! Confira abaixo são alguns endereços interessantes:

Pita – Kebab Bar
r. Francisco Leitão, 282 – Pinheiros
11  3774 1790

Kebabel
r. Fernando de Albuquerque, 22 – Consolação
11  3259 1805

Kebab Salonu
r. Augusta, 1416 – Consolação
11  3283 0890
Cook's Cutting Guard 
Último lançamento do mercado de food design! Infelizmente, não tem muita cara de ter sido feito por um designer, porque, pra mim, não parece funcionar!
Serve meio que uma proteção, e substitui uma antiga espécie de luva de silicone dos anos '80 amarela que cobria os dedos como dedais de costura... que também não funcionava...
Lembro da minha vó ter usado duas vezes pra não ficar com cheiro de cebola ou alho nas mãos. Depois das duas vezes, ela descobriu um 'sabão' de metal que tirava o cheiro da mão. Resultado: nunca mais usou a luvinha amarela.
Espero que esta seja mesmo uma obra revolucionária para a cozinha doméstica! Estamos precisando de objetos assim na cozinha mesmo!

10.02.2009

TUNAAAAAA!!!

Dia de sushi no trabalho,olha que legal!


Eu, doente que sou, fiz um engano na hora de requisitar os ingredientes da aula e, para minha felicidade, o atum veio inteiro, e não já limpo em filés:





 O atum era quase do tamanho da mesa de 1,20m por 0,70m.
Tive uma ajudinha do menino Alex, mas mesmo assim,me senti um carpinteiro, com serra de fita e martelo em mãos.
Em homenagem a aula, um pouquinho de história:

O sushi tem origem na China. Os chineses utilizavam de um método de conservação de peixes que consistia em deixar os filés já limpos entre dois blocos de arroz cozido, abundante na Ásia.
Os japoneses pegaram a técnica, e aí que vem a parte nojenta, experimentaram o peixe com o arroz, que no processo fermentava e conservava o peixe pela falta de contato da carne com o ar. Os japoneses gostaram da mistura!!! Então, a partir do momento em que avanços tecnológicos surgiram para uma melhorconservação desta carne, os japoneses fizeram a mistura que originou o amasu, uma espécie de molho que faz com que o arroz japonês se torne agridoce. O amasu é à base de sake, açúcar e sal, podendo conter alga kombu ou não.

A orgiem bem que pode ser nojenta, mas eu não dispenso um bom niguirizushi de jeito algum!